(English version below)
Depois de alguns dias a ouvir o álbum “Garrett vs Paganini”, não pude deixar de escrever um pequeno comentário sobre o mesmo. Não pretendo fingir que percebo muito de música, nem tão pouco me atrevo a avaliar ou a comentar a técnica de David. No entanto, sei o que gosto e o que tem ou não significado para mim e é sobre isso que vou escrever algumas linhas. Não vou obviamente comentar tema a tema, vou sim escolher alguns dos meus favoritos. Lembro ainda que este comentário é apenas a minha opinião pessoal e nada mais.
Antes de ouvir o álbum confesso que estava com muita curiosidade em saber o que me esperava e, como tem acontecido sempre, fui agradavelmente surpreendida. Alguns dos temas eram-me familiares mas estes novos arranjos dão-lhes um “toque” diferente, como se lhes tivesse sido dado um novo fôlego. Como por exemplo “The Swan Lake Theme”, um dos meus preferidos, e esta “versão” é absolutamente incrível. Já ouvi outras anteriormente mas esta posso afirmar é a que mais gosto. É difícil escolher apenas algumas músicas quando as preferidas são quase todas, mas aquelas das quais vou falar são as que, por qualquer razão, me tocaram mais.
Para começar, obriguei-me a mim mesma a escolher apenas 3 temas e começo logo pelo primeiro, “Erlkönig”. A primeira vez que o ouvi foi uma pequena amostra e não o tema completo, mas fiquei logo com uma enorme vontade de ouvir mais. Quando finalmente o consegui, fiquei literalmente de boca aberta e lembro-me de ter pensado “Oh meu Deus! O que é isto?! É brilhante!”. Sim, não é propriamente a melhor descrição, mas sinceramente não consigo explicar melhor.
O tema seguinte é logo o número dois, “Ma Dove Sei”, cantado por Andrea Bocelli. O que senti quando a ouvi é um pouco difícil de explicar, durante toda a música fiquei quase sem respirar e, sem que me apercebesse as lágrimas caíram-me cara a baixo, mas ao mesmo tempo senti uma felicidade enorme e dei por mim a sorrir… é um pouco confuso, eu sei, mas foi exactamente isso que aconteceu. Nunca uma música me tocou tanto e nem sequer sei porquê. Ainda hoje não percebi o que se passou naquele dia e sempre que a ouço, não posso deixar de sorrir e os olhos ainda se enchem de lágrimas de vez em quando. Mas há uma coisa que sei, que é simplesmente linda.
Finalmente, o último é “Devil’s Trill Sonata”. Este tema podia muito bem ser a banda sonora da minha vida neste último ano. Não faço ideia qual é a história por de trás dele, nem se há alguma mas ao longo dos quase 15 minutos que tem a música, posso quase ver o resumo da minha vida nestes últimos doze meses. Tem sido uma montanha russa, como coisas boas e menos boas, com algumas dúvidas e algumas revelações pelo meio, com alguns momentos de choque mas também com momentos de paz. E é isto que esta música significa para mim, a minha vida.
O álbum consegue fazer-me chorar e fazer-me rir… e no entanto, tem sido uma inspiração em tudo o que faço. Nunca tal me tinha acontecido, pelo menos desta forma. Como é possível que, um único CD, consiga transmitir tantas emoções quase em simultâneo? Há certas coisas que não podem ser ditas por palavras, têm de ser sentidas…
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After listening to the album for a few days, I had to write a little comment about it. I don’t pretend to know anything about music, nor will I even dare to comment David’s technique. However, I do know what I like and what means something to me, and that’s what I’m going to write about. I’m not going to comment every single track of the album, obviously, I’m just going choose some of my favourites and write a few lines. Also, let me remind you that this is just my personal opinion and nothing else.
Before the album came out I confess I was a little curious about how it would sound and, as always, I was surprised in a very good way. Some of the pieces were familiar, but these new arrangements gave them a different “touch”, as if they were given a new breath. A good example is “The Swan Lake Theme”, one of my favourites, this new “version” is just brilliant. I’ve heard others before but I can honestly say that this one is my favourite. It’s hard to choose just a few tracks to write about, when almost every single one of them is my favourite, but the ones I’m going to write about are those that had a deeper impact in myself.
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